Crise também é oportunidade: apesar de a frase já ser clichê, não deixa de estar certa. O fato é que a inovação nunca pode ser perdida de vista em tempos de recessão econômica. Mais que isso: a criatividade nas soluções é o que pode trazer aquele diferencial competitivo de que sua empresa tanto precisa para alavancar seu crescimento durante a crise. Assim, qualidade nos serviços, produtos, atendimento e logística é o mínimo que uma companhia pode oferecer a seus clientes hoje em dia.
Na verdade, para crescer de forma consistente e saudável, a empresa precisa ir além, realmente fazendo a diferença na vida dos seus stakeholders. Para descobrir como, acompanhe agora mesmo nossas 14 dicas!
Aproxime-se dos clientes
É importante perceber que a crise muda a forma como as pessoas consomem. “Devemos ficar mais próximos do cliente para perceber suas mudanças de humor e de hábito, sem deixar de atendê-lo ou abandoná-lo”, alerta o sócio-fundador da ba}STOCKLER, Luis Henrique Stockler.
Tenha um propósito maior
Defina a contribuição que a empresa tem na sociedade e como ela quer impactá-la com seus produtos e serviços. O propósito define que tipo de produto ou serviço será desenvolvido, devendo ser elaborado a partir de uma vontade profunda dos fundadores da empresa. “Deve ser algo que faça seus olhos brilharem para que os clientes entendam que não existe nada melhor, mais eficiente e inspirador”, explica Cari Mello, diretor, coach, mentor e palestrante do Núcleo Pluri, de desenvolvimento pessoal e profissional.
Antecipe-se ao momento
Prever como estará o mercado financeiro, político, social e tecnológico é fundamental para se preparar diante das dificuldades que o mercado poderá enfrentar. Uma vez identificada a crise, a empresa pode, por exemplo, mudar sua estratégia e repensar como continuar vendendo para quem gasta menos ou está receoso em consumir — já que a recessão deixa as pessoas com medo de fazer dívidas.
Diversifique os negócios
Para Roberto Neaime de Almeida, sócio Crowe Horwath Macro, é fundamental entender quais são as necessidades primárias dos clientes para, assim, conseguir atendê-los com seu produto ou serviço.
Entenda o tipo de crise
Levando em conta o tipo de crise, a estratégia de reação pode ser completamente diferente. Daí surgem tanto novas metodologias como novos dilemas: inovar para as mesmas pessoas ou vender os mesmos produtos para mais pessoas? Para isso, é preciso implementar um processo de monitoramento constante do ambiente de negócios.
Promova impacto social
Defina a contribuição da empresa para a sociedade, mostrando seu engajamento em prol da melhoria do mercado em que está inserido. Essa atitude reflete que a companhia está realmente preocupada em participar de algo maior. “Esse algo maior não precisa ser mirabolante, mas verdadeiro e objetivo. É algo que inspira e engaja”, sugere Cari Mello.
Corte custos
Esse é um quesito que merece o máximo de atenção possível. Afinal, a empresa precisa ter bons controles financeiros para poder avaliar quais custos realmente precisam ser cortados, desde que não afete a capacidade do trabalho e de produção.
Trace uma estratégia de marketing
Comunique aos clientes seu propósito e seu impacto, mostrando como eles fazem a diferença na vida das pessoas. Quem se identificar vai procurar a empresa. Nesse caso, o atrativo não será o menor preço, mas sim o que foi comunicado. As pessoas não compram exatamente o que você faz, mas por que e como você faz! E o que a empresa faz reflete em que ela acredita.
Para Mello, a empresa tem basicamente 2 opções: ou tem um diferencial não copiável, vive esse diferencial de forma verdadeira e, como consequência, prospera, ou sucumbirá nessa ou na próxima crise. De fato, é preciso encarar esse momento não como uma crise, mas como a quebra do paradigma de que as coisas podem ser estáveis. Nada é estável nem na natureza nem no ser humano. Por isso, a única certeza que temos é de que tudo vai mudar.
Procure sempre inovar
Definitivamente, é preciso sair da zona de conforto. Toda companhia deve buscar a inovação, fazendo mais com menos e sendo criativo nas soluções. Analisar a concorrência, saber o que pode e deve ser feito, de preferência incluindo diferenciais e rapidez. Quem souber enfrentar a crise ficará mais fortalecido. “A recessão é uma boa oportunidade para repensar os velhos hábitos, aprender e testar seus limites para mudar e quebrar paradigmas”, acredita Stockler.
Descubra novos nichos
Como estratégia perante a crise, o ideal é que a empresa crie alternativas para os consumidores, reduzindo suas despesas (como com as lâmpadas de LED ou a energia solar para diminuir a conta de energia), ou sugerindo atividades profissionais que possam aumentar a renda familiar, como no caso das redes de vendas direta e por catálogo.
Crie conteúdos relevantes
Relevância é a chave para realmente fazer a diferença na vida das pessoas. Para o network consciente funcionar, tenha textos, vídeos e mensagens que façam o cliente olhar para quem está comunicando aqueles produtos e serviços inspiradores. “Saem as especificações e os diferenciais técnicos e entram ações de impacto social e cases inspiradores”, aposta Mello.
Revise processos internos
Aproveite a baixa demanda para analisar o que, como e a que custo se executa o serviço ou a produção na empresa. “Em épocas de grande demanda não há tempo nem vontade de controlar e melhorar esses processos”, lembra Haroldo Eiji Matsumoto, diretor da Prosphera Educação Corporativa.
Faça o controle financeiro
Esse é o momento ideal para refletir sobre os indicadores financeiros e, se eles ainda não existirem, efetivamente criá-los. Projetar a sustentabilidade da empresa nos próximos anos para além desse cenário nada otimista e criar ações para diminuir o impacto da crise é fundamental.
Escolha bem os colaboradores
Foi-se a época em que a taxa de desemprego estava baixíssima e as empresas contratavam profissionais nem sempre qualificados para realizar as tarefas do cargo. “Com o aumento no número de ótimos profissionais disponíveis buscando recolocação, talvez seja uma oportunidade de lapidar o time da companhia”, recomenda Matsumoto.
Viu como crise é também oportunidade? É tempo de parar, refletir e arrumar a casa.
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