Pense: quantas mulheres empreendedoras você conhece e quais as áreas que elas atuam?
Pode ser repetitivo, porém não é uma surpresa que precisamos – constantemente – discutir e rever as nossas políticas de igualdade de gênero no mercado de trabalho. Afinal, se metade das pessoas do mundo são mulheres, porque elas ainda representam tão pouco da atividade econômica produzida?
Um rápido panorama
Não há como desvincular esta pergunta sem olhar para a nossa própria história. Culturalmente, elas foram limitadas à cuidar dos afazeres da casa e da família, sem incentivo para desenvolver qualquer outra aptidão. As mudanças aconteceram tão lentamente que até hoje carregamos uma herança considerável dos antigos costumes. Incluindo na esfera empresarial.
Como reflexo do empoderamento feminino, houve um progresso significativo no número de empresas lideradas por mulheres. De acordo com o Sebrae Minas, o número de formalizadas como Microempreendedores Individuais (MEI) cresceu cerca de 124% , de 2013 para 2018!
Em um primeiro momento, este dado até parece positivo, certo? Mas não é tão simples. Desde os motivos para empreender, os primeiros passos até o tempo de estabelecimento do seu próprio negócio, elas continuam em desvantagem.
Como é o mercado empreendedor?
Em suma, as mulheres se tornam empresárias em duas situações:
– Flexibilidade necessária: veem no empreendedorismo uma conciliação de jornadas, conseguindo assim cuidar das atividades domésticas e dos filhos.
– Contribuição Social: não se trata apenas de lucro. Elas tendem a possuir propósitos com impacto positivo para a sociedade em geral.
Quase sempre, as atividades são relacionadas à sua formação acadêmica ou em experiências passadas. Elas costumam evitar grandes riscos e surpresas. Aliás, enquanto as empreendedoras iniciais se distribuem em quatro tipos de segmentos (serviços domésticos, tratamento de beleza, comércio de vestuário e bufê), eles chegam a nove tipos (as mesmas áreas que elas, além de construção, restaurante, manutenção de veículos, comércio hortifrutigranjeiros, serviços pessoais e comércio de higiene pessoal).
Criamos um negócio. E agora?
Ok, elas conseguem superar as primeiras dificuldades e abrem uma empresa. Ainda assim, seja qual for a sua especialidade, os obstáculos enfrentados não são os mesmos dos homens:
Mudando o futuro
Por incrível que pareça, nos últimos dez anos, a participação feminina no mercado de trabalho contribuiu para reduzir em 30% do índice da extrema pobreza! Então não há desvantagens na ascensão feminina.
Pedir para as mulheres se esforçarem também não é o bastante. As políticas públicas e privadas, de fato, colaboram. Mas enquanto sociedade civil, precisamos ir mais além. Seja incentivando as meninas à se interessarem por oficinas de empresas nas escolas ou buscando serviços de empresárias locais.
São inúmeras maneiras de valorizar aquela mulher que, às vezes, só precisa de um estímulo certo. Compartilha aqui as empresárias que você admira e conhece! Como você contribui para o sucesso dela?
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