Já falamos aqui sobre o uso de aplicativos de transporte no mundo corporativo e o 99 Empresas aiu no jornal Valor para apresentar a mais nova categoria de carro particular para companhias.
Confira a matéria na íntegra que saiu no Valor no dia 15 de abril de 2017:
99 e Cabify expandem operação de carro particular para companhias
O aporte de US$ 100 milhões, feito em janeiro por investidores estrangeiros, faz a 99 (ex-99Táxis) planejar a expansão do serviço de carros particulares voltado ao mercado corporativo para 15 cidades brasileiras, até o fim do ano.
Atualmente, o serviço está disponível na cidade de São Paulo, e começa a ser oferecido de forma limitada no Rio de Janeiro. O mesmo movimento está sendo feito pela espanhola Cabify, que já opera em quatro cidades com seu serviço corporativo de carros particulares e deve estrear em mais quatro neste mês. A expectativa da 99 é que, com a consolidação de seus negócios no Brasil, seja possível partir para o mercado externo, a exemplo do que já fez a concorrente Easy Taxi, que também opera no mercado corporativo. Cabify, 99 e Easy Taxi vendem seus serviços pelo celular. Mas, a prioridade da 99 é se fortalecer no mercado interno para depois avançar sobre a América Latina, disse Juliano Fatio, diretor da 99 para o segmento corporativo.
No Brasil, os serviços da 99 voltados para o consumidor final (pessoa física) estão disponíveis em mais de 550 cidades. No segmento corporativo, a estreia do serviço da 99 que utiliza carros particulares ocorreu há dois meses na cidade de São Paulo. “No Rio, já liberamos [o serviço] para algumas empresas”, diz Fatio. O início oficial da operação na capital fluminense está previsto para depois de 1º de maio, adianta o executivo, embora o lançamento possa ser antecipado para a última semana de abril. Boa parte dos US$ 100 milhões injetados na 99 está sendo consumida pela estratégia de expansão, diz Fatio, sem especificar quanto já foi investido. “Estamos com mais de 250 vagas em aberto na companhia”, acrescenta o diretor da 99Corporativo.
Os recursos foram investidos pela DiDi Chuxing, maior companhia de transporte urbano por aplicativo da China, e pela Riverwood Capital, que compra participações em empresas. Os três fundadores e primeiros investidores da 99 — Paulo Veras, Ariel Lambrecht e Renato Freitas — continuam no comando da empresa, a, enquanto DiDi e Riverwood ganharam uma cadeira cada no conselho administrativo.
O investimento na 99 é a primeira grande incursão de DiDi na América Latina. A influência da companhia já pode ser sentida nos novos negócios em discussão na 99, que incluem a customização de linhas para transporte de empregados de empresas. “Gostaria de iniciar um piloto [do projeto] até o fim do ano, mas há um caminho muito grande a ser percorrido antes”, diz Fatio.
Na China, a DiDi já oferece serviços corporativos de transporte em vans e ônibus. No mercado brasileiro, a disputa por passageiros corporativos tende a se acirrar à medida em que mais companhias expandem suas operações para este segmento. A espanhola Cabify — cujo serviço se baseia em carros particulares — inicia este mês o atendimento a empresas em mais quatro cidades: Campinas, Curitiba, Santos e Brasília. Em março, a empresa já havia lançado seu serviço privado (para pessoas físicas) nessas mesmas praças. Ao todo, a Cabify está presente em oito cidades brasileiras e prepara sua expansão para o ABC Paulista até maio. Na sequência, a empresa pretende entrar na região Nordeste, adianta Luisa Aguiar, gerente de vendas da Cabify no país. “Queremos estar nas principais capitais até o fim do ano”, diz a executiva, sem especificar em detalhes qual a meta para 2017. “Espera – mos que 40% do nosso faturamento no país venha do segmento corporativo até o fim do ano”. Nos quatro mercados em que já atende companhias (São Paulo, Rio, Porto Alegre e Belo Horizonte), a Cabify contabiliza mais de mil clientes, segundo a gerente de vendas. No mês passado, a espanhola anunciou investimento de US$ 200 milhões no Brasil.
Rodrigo Carro do Rio
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