Quem não conhece uma pessoa que trata seu bichinho de estimação como se fosse da família? Mais do que uma simples companhia, hoje, eles são considerados “filhos”e recebem todo o cuidado e bem-estar que merecem.
O pulo do gato no mercado
Tudo indica que não há crise para quem cuida. Só em 2017, o faturamento do mercado pet cresceu em torno de 7%, passando dos R$ 20 bilhões e colocando nosso país em foco de investimentos no panorama mundial. Este segmento é, basicamente, dividido em quatro áreas: PetVet (serviços de veterinária), PetServ (adestramento e cuidados), PetCare (acessórios) e PetFood (alimentação).
As áreas com os maiores rendimentos, PetFood e PetServ, indicam onde há a maior busca para serviços e tecnologias. Afinal, se nós procuramos diariamente uma vida saudável e equilibrada, porque não oferecer o mesmo à eles?
Dog days are over
Difundir uma alimentação natural: essa é a ideia do PF Animal! Depois de uma conversa num campo de agility (um esporte que motiva o cão a correr), as fundadoras Simone Chevis, Ana Burnier e Daniela Aguiar, sentiram a necessidade de criar petiscos naturais para servir aos seus cachorros durante a atividade.
Elas começaram com testes e oferecendo aos tutores mais próximos. Agora, completando um ano de empreendimento, entregam, na Grande São Paulo, refeições naturais feitas sob medida para cada animal de estimação, de acordo com a prescrição de um veterinário nutrólogo e tudo regulamentado nos órgãos de classe. No Brasil, a PF distribui uma linha de petiscos em duas frentes: Petiscos desidratados e Biscoitos sem glúten.
No campo de cuidados, a PetAnjo fundada por Carolina Rocha e Thiago Petersen, em 2014, proporciona quatro tipos de serviço: dog walker, pet sitter, banho em domicílio e hospedagem domiciliar. Essa iniciativa surgiu depois da Carolina presenciar diversos casos comportamentais (ela era veterinária à domicílio) com cães agressivos e gatos com medo de ficarem sozinhos em casa.
A PetAnjo conecta clientes à “anjos”. De um lado, a procura dos tutores por pessoas de confiança, e do outro, prestadores de serviço que estavam, em alguns casos, insatisfeitos com a sua profissão e gostariam de trabalhar com animais. Segundo a fundadora, os “anjos” passam por um processo seletivo e curso online sobre cuidados, comportamento, primeiros socorros, comunicação eficaz e profissionalismo, para garantir a qualidade do serviço.
O que um cão foi fazer na empresa?
Essa parceria com os bichinhos virou companhia até no horário de trabalho. As grandes empresas incluíram o “Pet Day” na rotina corporativa, como a 99, Nubank, Ifood, entre outras. A nossa coordenadora de facilities – área responsável por garantir a segurança e o conforto de todos, Tarcila Miguel, explica:
“Para nós, esse programa aumenta a motivação dos 99ers e gera mais interatividade entre as pessoas, favorecendo um clima organizacional muito mais agradável. Os colaboradores se sentem confortáveis, realizam pausas e vivem momentos de prazer, resultando criatividade e menos estresse do dia-a-dia.”
Mas para facilitar a convivência de todos, colocamos algumas regras, por exemplo: apenas um dia definido na agenda; os animais precisam ter bom comportamento; é importante conferir se algum colega próximo tem alergia ou se sentirá incomodado e não deixar o pet sozinho.
Foca no digital
-a gente sabe que não é um bichinho de estimação, mas não dá pra resistir à uma foca no saxofone.
Este é um nicho com crescimento potencial, receptivo e cada vez mais exigente. Com estes exemplos, conseguimos compreender que o estilo de vida, principalmente nas grandes cidades, intensificou a proximidade e o modo como tratamos nossos animais.
Porém, a grande maioria dos pet shops não se adaptaram ao meio digital. Existe aí um espaço e possibilidade para iniciativas que inovem e proporcionem algum conforto para os bichinhos com a facilidade do virtual. Já pensou nisso? 😉
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