O ano é 2018, mas a notícia parece ser de décadas atrás. De acordo com um levantamento feito pelo jornal O Globo, a partir da lista de dirigentes federais disponível no Portal da Transparência, mulheres presidem apenas 5% das estatais no Brasil.
A pesquisa concluiu que dos 79 presidentes de empresas estatais brasileiras, apenas quatro são lideradas por mulheres. Incrivelmente, este é o mesmo número de homens chamados Ricardo ou Paulo.
Na lista que consta no Portal da Transparência, atualizado pela última vez em outubro de 2017, Ana Paula Teixeira de Sousa, da Besc Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (subsidiária do Banco do Brasil), Nadine Oliveira Clausell, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, Adriana Denise Acker, do Grupo Hospitalar Conceição (também na capital gaúcha), e Maria da Glória Guimarães dos Santos, do Serviço Federal de Processa, são as únicas mulheres no topo da hierarquia de estatais brasileiras.
O cenário no setor privado não é favorável às mulheres. Segundo o Panorama Mulher 2017, pesquisa do Insper com a consultoria Talenses, apenas 8% das empresas privadas são presididas por mulheres, uma diferença mínima em relação às públicas.
Não pense que a desigualdade entre gêneros é exclusividade do Brasil ou não acontece em países desenvolvidos. Em 2015, uma pesquisa da Universidade de Michigan publicada pelo jornal The New York Times mostrou que havia menos mulheres no comando de empresas americanas do que homens chamados John ou David.
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